segunda-feira, 23 de maio de 2011

Thiago Silva aposta em amistosos para ganhar mais chances

O centroavante Thiago Silva, 22 anos, já passou pelos três times grandes da capital. Começou na Tuna Luso, passou pelo Remo e hoje está no Paysandu. Contra o São Raimundo, na rodada final do segundo turno, entrou em campo nos dez minutos finais e esteve bem em campo. Ele voltou a entrar nos momentos finais no jogo de sábado, contra o Independente-AP. É uma espécie de recomeço para quem já pensou, inclusive, a abandonar a carreira.

Quando estava no Souza, Carlos Thiago Medeiros da Silva recebia apenas ajuda de custo e passou a considerar seriamente tentar outro emprego. Com o segundo grau completo, ele só não deixou os gramados por insistência do técnico Reginaldo Mesquita, que o orientou a procurar o Remo nessa fase de testes. No Baenão, ganhou um complemento no nome. Por sempre permear suas frases com referências evangélicas e ter uma Bíblia como a acessório quase que permanente, ele virou Thiago de Jesus.

Mas sua permanência no Remo não foi longa. O atacante lembra que saiu do time justamente quando estava numa boa fase e, ao reclamar, acabou afastado. 'Sofri algumas injustiças. Estava bem, como titular e fui sacado na véspera de um Re x Pa quando chegou um reforço de fora. Dei umas entrevistas dizendo isso e o pessoal de lá não gostou. Reclamei de como o pessoal da terra é tratado e não me arrependo de nada do que disse', lembra Thiago.

Na Curuzu ele passou a usar o sobrenome como complemento. O contato com jogadores mais experientes e com passagens por clubes grandes do Brasil, tem sido, segundo ele, muito válido. 'O Zé, o Vânderson e o Mendes dão muita força. Dão duras e conselhos. A gente procura ouvir e fazer o que é dito. A maioria já passou por tudo isso e quem é humilde tem que assimilar essas palavras', conta.

O atacante passou por uma lesão muscular no começo do ano, mas depois de recuperado passou a ser mais observado pelo técnico. 'Meu trabalho estava sendo feito. Fui atrapalhado por uma lesão, mas sempre confiei no que posso fazer. O professor me observou e sabia que podia ser testado', disse. 'As conversas que tenho com o treinador são dentro de campo. Ele vê quem está melhor e manda para o jogo. Sempre me senti preparado, mas concordo com o treinador porque o ataque vem muito bem, fazendo gols'.

Thiago aposta nos dois amistosos no Amapá para mostrar mais serviço a Sérgio Cosme e, quem sabe, figurar mais vezes pelo menos no banco de reservas nos jogos das finais. 'Treinamento é uma coisa, mas é em campo, em jogos oficiais que se vê quem se sai bem'.

**Fonte JAmazônia

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